Revista ABCCMF
  Edição Atual
  Edições Anteriores
  Orientações/Envios de   Artigos
 
 
 
 
 
 

Brazilian Journal of Craniomaxillofacial Surgery
Revista Oficial da Associação Brasileira de Cirurgia Crânio-maxilo-facial.
 Volume 11
Número 2   Abril - Junho/2008
 
TÍTULO
Rinoplastias secundárias nas seqüelas de traumas
AUTOR
SÉRGIO MOREIRA DA COSTA, GUSTAVO MOREIRA COSTA DE SOUZA

RESUMO

Relatar a experiência do serviço no tratamento das seqüelas das fraturas nasais, discutindo as indicações das diversas vias de acesso, as áreas doadoras de enxertos ósseos e cartilaginosos, os métodos de fixação
e o recobrimento dos enxertos. Método: Durante os últimos 10 anos, foram realizadas cerca de 320 rinoplastias para tratamento de seqüelas de fraturas do nariz. Foram utilizadas as vias intranasal, exorrinoplastias, “degloving”
do terço médio da face e a via coronal. Foram aplicados enxertos ósseos em quase 60% dos casos, sendo esses enxertos retirados da taboa externa do crânio, do septo nasal ou da crista ilíaca e, muitas vezes, fixados por
miniplacas e parafusos, alguns deles revestidos de fáscia temporal, principalmente nas rinoplastias coronais. Enxertos cartilaginosos também foram largamente aplicados e as áreas doadoras foram o próprio septo ou as conchas auriculares. Resultados: Foram observados resultados
estético-funcionais satisfatórios na quase totalidade dos pacientes e as poucas complicações foram absorções de enxertos (1%), desvio da ponta nasal (3%), exposição do enxerto através da pele (1%), insuficiência das válvulas nasais (3%), perfuração do septo nasal (1%), irregularidades
perceptíveis no dorso do nariz (3%) e sinéquias (1%).

Descritores
Rinoplastia/métodos. Osso nasal/lesões. Deformidades adquiridas nasais/cirurgia. Fixação de fratura/ métodos.
TÍTULO
Trauma craniofacial: perfil epidemiológico de 1223 fraturas atendidas entre 1999 e 2005 no Hospital São Paulo – UNIFESP-EPM
AUTOR
MAX DOMINGUES PEREIRA, TESSIE KRENISKI2, RAFAEL DE ALMEIDA SANTOS, LYDIA MASAKO FERREIRA
RESUMO
As características do trauma craniofacial dependem do centro médico e do período considerado. O objetivo do estudo foi determinar o perfil das fraturas craniofaciais atendidas em um hospital universitário urbano em seis anos.
Método: Realizada a análise retrospectiva dos registros epidemiológicos de 912 pacientes atendidos no Hospital São Paulo, além da coleta de dados sobre o mecanismo do trauma, tipo e localização das fraturas. Resultados: O sexo masculino predominou em todas as faixas etárias, com 692
(76%) casos, exceto pela faixa etária superior aos 60 anos.
Com relação à raça, 574(62%) pacientes eram Caucasianos e o grupo etário dos 20 aos 29 anos foi o mais acometido, com 305 (33%) casos. Foram diagnosticadas 1223 fraturas craniofaciais, sendo que em 821 (90%) pacientes elas ocorreram de modo isolado e, em 91 (10%) casos, houve a associação de fraturas em duas ou mais regiões na face. A agressão
física foi responsável por 265 (29%) casos, seguida pelos acidentes de trânsito em 23 7(26%) e pelas quedas em 221 (24%). As fraturas da órbita foram encontradas em 438 (48%) pacientes, seguidas pela fratura nasal em 300 (33%) e mandíbula em 217 (24%). Variações na etiologia e na distribuição por faixa etária ocorreram de acordo com a fratura considerada. Conclusões: O trauma craniofacial acomete uma parcela importante da população economicamente produtiva.
A documentação sistemática e permanente nos centros especializados no seu tratamento permite que sejam elaboradas medidas preventivas específicas, reduzindo suas seqüelas e custos financeiros.
Descritores
Traumatismos maxilofaciais/ epidemiologia. Fraturas cranianas/ epidemiologia. Centros de traumatologia/estatística & dados numéricos. Brasil/ epidemiologia. Estudos retrospectivos.
TÍTULO
Fissura número 9 de Tessier: aspectos clínicos, radiológicos e abordagem cirúrgica
AUTOR
HENRI FRIEDHOFER, DOV C. GOLDENBERG, NIVALDO ALONSO, ENDRIGO BASTOS, FABIO L. SAITO, MARCUS C. FERREIRA
RESUMO
Devido a sua raridade, poucos relatos na literatura detalham os aspectos clínicos e radiológicos da fissura 9 de Tessier. A proposta do presente estudo é descrever cinco pacientes portadores desta fissura facial. Método: No período entre 1999 e 2006, cinco pacientes foram acompanhados
em nosso serviço, com o diagnóstico de fissura 9 de Tessier. Destes, quatro eram do sexo feminino e apresentavam fissuras unilaterais. Resultados: Em um único caso, a fissura 9 foi o único achado clínico. Em dois pacientes, outras fissuras faciais foram observadas e, em outros dois pacientes,
outras deformidades craniofaciais estavam associadas, incluindo microftalmia, ptose palpebral grave, além de deformidades em extremidades. As deformidades em partes moles e esqueléticas não eram proporcionais, observandose deformidades leves em partes moles associadas a fissuras completas e deformidades graves de partes moles associadas a fissuras parciais. As deformidades orbitárias foram tratadas
por meio de reconstrução palpebral, reposicionamento do canto lateral e cranioplastias. A presença de banda fibrosa ao longo da fissura foi sempre observada. A liberação destas aderências foi essencial para o reposicionamento tecidual adequado. Conclusão: As deformidades de partes
moles e as deformidades esqueléticas não são proporcionais, tornando complexa uma única teoria etiológica para seu aparecimento e dificultando muitas vezes o diagnóstico.
Investigação dos sinais clínicos e das deformidades esqueléticas por meio de métodos de imagem é fundamental para o diagnóstico adequado e, conseqüentemente, para o tratamento cirúrgico apropriado.
Descritores
Anormalidades craniofaciais/cirurgia. Ossos faciais/ anormalidades. Fenda labial/patologia. Fissura palatina/patologia.
TÍTULO
Estudo morfométrico comparativo entre três técnicas de palatoplastia para alongamento do palato mole
AUTOR
ROMUALDO RODRIGUES FROES FILHO, MARCUS VINICIUS MARTINS COLLARES, RINALDO DE ANGELI PINTO
RESUMO
A palatoplastia é o tratamento indicado para a correção da fissura palatina e a busca pela técnica que proporcione melhores resultados é um objetivo permanente.
Está claro que a fonação é a melhor análise da eficácia de uma técnica, mas há outros fatores importantes, como o reposicionamento anatômico das estruturas e a reprodutibilidade. Objetivo: Comparar morfometricamente
o reposicionamento conseguido por três técnicas cirúrgicas diferentes de palatoplastia, por meio de medidas intra-operatórias e pós-operatórias imediatas. Método: Foram operados, por um mesmo cirurgião, 30 pacientes portadores de fissura lábio-palatina unilateral, com idades que variavam
entre 12 e 24 meses, sem cirurgias prévias no palato mole, sem outras co-morbidades, sendo divididos em três grupos: Grupo I - Técnica de Furlow; Grupo II - Técnica de Veau-Wardill-Kilner com veloplastia; e Grupo III - Técnica de Veau-Wardill-Kilner com veloplastia e plástica em Z na mucosa nasal. Duas destas técnicas (GI e GII) são consagradas pelo uso, e a terceira (GIII) é uma modificação destas sugerida pelo autor. Resultados: Observou-se que as três técnicas alongam o palato, com uma tendência maior
no Grupo III, sendo o conjunto muscular mais retroposicionado, também nos pacientes do Grupo III, enquanto o índice de complicações foi maior nos pacientes operados pela técnica de Furlow. Conclusão: Os achados clínicos perioperatórios e morfométricos desse estudo sugerem que a técnica de Veau-Wardill-Kilner com veloplastia e plástica em Z na mucosa nasal é uma alternativa viável e promissora para o tratamento da fissura palatina, e a avaliação fonológica destes pacientes, em longo prazo, será a resposta final para a sua aplicabilidade clínica.
Descritores
Fissura palatine/cirurgia. Palato mole/ cirurgia. Insuficiência velofaríngea/ prevenção & controle.
TÍTULO
Orthotic treatment improves cranial base abnormality in patients with craniofacial microsomia and deformational plagiocephaly
AUTOR
YUAN LIU, RENATO DA SILVA FREITAS, JEANNE POMATTO-HERTZ, TIM LITTLEFIELD, JOHN A. PERSING5, JOSEPH H. SHIN5
RESUMO
Craniofacial microsomia is associated with hypoplasia of the facial skeleton and musculature. These primary defects cause a secondary alteration
of the craniofacial skeleton. Current therapies do not attempt to correct the cranial base deformity in childhood. Another cause of oblique deformities of the skull is deformational plagiocephaly. This common disorder is secondary to external deformational forces and tends to improve with time and may require only conservative treatment. Method: We present two cases of deformational plagiocephaly superimposed upon hemifacial microsomia. Orthotic treatment was utilized to improve both the deformational plagiocephaly and the cranial base deformity. Conclusion: This novel therapy has the potential to correct the cranial base deformity in craniofacial microsomia.
Descritores
Skull/abnormalities. Facial asymmetry. Orthotic devices. Plagiocephaly
TÍTULO
Operação Sorriso: participação e influência no tratamento de fissurados no Brasil
AUTOR
DIOGO FRANCO, RENATA RUAS, BRUNO ANDRÉ, TALITA FRANCO
RESUMO
Nesse artigo, os autores apresentam a Operação Sorriso do Brasil, discutindo aspectos relacionados à introdução desse programa no país e o passo-a-passo da estrutura da missão, incluindo triagem dos pacientes, acompanhamento pré e pós-operatórios.
Descritores
Missões médicas oficiais. Trabalhadores voluntários /organização & administração. Procedimentos cirúrgicos reconstrutivos. Fenda labial/cirurgia. Fissura palatina/cirurgia.
TÍTULO
Rabdomioma extracardíaco do tipo fetal em masseter
AUTOR
FELIPE PACHECO MARTINS FERREIRA, CLARISSA LEITE TURRER, JOSÉ CESÁRIO DA SILVA ALMADA LIMA3, LYSIO FRANÇA, RAMÃO TAVARES NETO, FERNANDO HORTA
RESUMO
O rabdomioma extracardíaco é um tumor benigno derivado de músculo esquelético. É raro, com poucos casos relatados na literatura. De uma forma geral, são classificados clinicamente e morfologicamente em três tipos: adulto, fetal e genital e representam menos que 2% dos tumores de músculo estriado. Este trabalho objetiva, por meio do relato de caso clínico, fazer uma revisão dos dados da literatura existente, acerca do rabdomioma extracardíaco, ressaltando os aspectos clínicos, histopatológicos, diagnósticos
e terapêuticos.
Descritores
Rabdomioma. Neoplasias de cabeça e pescoço. Neoplasias de tecido muscular.
TÍTULO
Ameloblastomas de maxilar: apresentação de caso e revisão de literatura
AUTOR
LÍDIO GRANATO, RICARDO BORGES, OSCIMAR BENEDITO SOFIA, RENATO ALBERTO ALDO MIRACCA
RESUMO
O ameloblastoma é um tumor benigno, localmente agressivo, de origem odontogênica e afeta a mandíbula e menos freqüentemente a maxila (15 a 20%).
Tem grande tendência a recidiva. Objetivo: O ameloblastoma surge raramente na maxila e daí o interesse de divulgar o caso, que acomete em geral pacientes jovens entre 30 e 40 anos. Relato do caso: Paciente
submetido à cirurgia de Caldwell-Luc e o tumor ressecado completamente em dois tempos, incluindo parte do osso alveolar e tratamento da fístula oro-antral. O tratamento foi bem sucedido e o paciente acompanhado por dois anos, sem apresentar queixas. Conclusão: O ameloblastoma é
um tumor benigno, porém mais agressivo na maxila do que na mandíbula. Tem tendência a recidiva, sendo muito importante o diagnóstico precoce e a remoção completa do tumor, incluindo o osso alveolar envolvido.
Descritores
Ameloblastoma. Neoplasias maxilares. Tumores odontogênicos


 


 
Copyright © 2003 ABCCMF