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Brazilian Journal of Craniomaxillofacial Surgery
Revista Oficial da Associação Brasileira de Cirurgia Crânio-maxilo-facial.

Volume 10
Número 3   Julho-Setembro/2007
TÍTULO
Osteotomia Le Fort I: estudo de 100 casos
AUTOR
FRANCISCO VERÍSSIMO DE MELLO-FILHO1, RODRIGO RIBEIRO BRIGATO, ANTONIO AUGUSTO VELASCO CRUZ, ANDRÉA NEVES DA SILVA

RESUMO

A osteotomia Le Fort I é um procedimento freqüente e útil para o tratamento de problemas ortognáticos ou tumores craniomaxilofaciais. Apesar de muitos cirurgiões utilizarem a osteotomia Le Fort I de rotina, ainda é difícil encontrar estudos de casos brasileiros sobre este assunto na literatura. Nós apresentamos um estudo retrospectivo de 100 casos tratados pela osteotomia Le Fort I em nosso serviço. Enfatizamos indicações, resultados e complicações cirúrgicas obtidas em 22 anos de experiência com a técnica de osteotomia Le Fort I.

Descritores Osteotomia de Le Fort. Osteotomy. Maxila, cirurgia.
TÍTULO Osteonecrose mandibular associada ao uso de bifosfonatos
AUTOR WILSON CINTRA JUNIOR1, RODRIGO ITOCAZO ROCHA2, LUIZ CLÁUDIO BOSCO MASSAROLLO3
RESUMO Os bifosfonatos são análogos sintéticos do pirofosfato e são utilizados no tratamento de pacientes portadores de metástases ósseas decorrentes de tumores malignos. Cinco pacientes que realizavam tratamento quimioterápico adjuvante com bifosfonatos desenvolveram osteonecrose mandibular, e foram tratados cirurgicamente nesta instituição.
Todos os pacientes tinham comprometimento do estado geral, tornando o tratamento mais difícil e complicado.
Quatro (80%) pacientes apresentaram melhora dos sintomas com o tratamento proposto, e um (20%) foi a óbito como conseqüência da doença. Apresentamos nossa casuística e opções terapêuticas utilizadas para estes cinco pacientes, no período de três anos. Concordamos com a literatura atinente, afirmando que pacientes submetidos à terapia com bifosfonatos devem ser acompanhados adequadamente e por especialistas, procurando-se prevenir complicações.
Procedimentos dentários e/ou cirúrgicos, durante esta terapia, devem ser considerados, com a finalidade de evitar a ocorrência da osteonecrose mandibular.
Descritores Difosfonatos, efeitos adversos. Doenças maxilomandibulares, induzido quimicamente. Osteonecrose, induzido quimicamente. Mandíbula, efeitos de drogas.
TÍTULO Fosfatase alcalina em enxertos ósseos contendo células-tronco
AUTOR CIRO PAZ PORTINHO, MÁRCIA RIBOLDI, CARMEN PILLA, MARCUS VINÍCIUS MARTINS COLLARES, FLÁVIA HELENA SILVA, LINDOLFO DA SILVA MEIRELLES, NANCE BEYER NARDI, RINALDO DE ANGELI PINTO
RESUMO Introdução: A engenharia tecidual estuda formas novas de produção de tecidos e órgãos. O metabolismoósseo deve ser estudado a fim de avaliar a regeneração tecidual. A fosfatase alcalina (FA) varia proporcionalmente ao turnover do tecido ósseo. Método: Foram estudados os níveis de FA em enxertos de osso liofilizado (OL), empregados para a reconstrução de calotas cranianas murinas, contendo ou não células-tronco mesenquimais (CTM). Camundongos isogênicos C57/BL6 foram utilizados e divididos em três grupos (G): OL+CTM (G1); OL (G2); osso autógeno da craniotomia (G3). Foram estudados os níveis de FA dos enxertos, retirados após quatro semanas de pós-operatório. A FA foi medida em unidades por miligrama de enxerto ósseo. Resultados: Os níveis de FA no G1 foram significativamente maiores do que no G2 (p=0,002). Os resultados demonstraram que o metabolismo ósseo aumenta quando as CTM são adicionadas a blocos de OL. Conclusão: A FA correlaciona-se com o metabolismo dos enxertos ósseos. A adição de CTM indiferenciadas aumenta o turnover na área receptora.
Descritores Células-tronco. Fosfatase alcalina. Engenharia tissular. Cirurgia plástica. Liofilização. Osso e ossos.
TÍTULO Enxerto ósseo autógeno de crista ulnar para o alongamento nasal: descrição de nova área doadora
AUTOR TATIANA M CALO, DOV CHARLES GOLDENBERG, MORIS ANGER, MARCUS CASTRO FERREIRA, NIVALDO ALONSO
RESUMO Uma das indicações para o uso de enxertos ósseos em dorso nasal é o nariz curto. Clinicamente, caracteriza-se por um dorso largo e achatado, com dimensão vertical diminuída e ponta nasal pouco projetada, muitas vezes rodada na direção cefálica. O nariz curto pode ser congênito ou adquirido e o tratamento cirúrgico visa ao suporte e ao alongamento do nariz, correção das deficiências do forro, quando presentes e o restabelecimento da altura e projeção da pirâmide nasal. A tábua externa da calota craniana, crista ilíaca, costelas, tíbia, fíbula, olécrano e trocanter maior são descritos como áreas doadoras de enxertos ósseos autógenos, cada qual apresentando características específicas. Este trabalho mostra a experiência com o uso da crista do osso ulnar como área doadora para enxertia óssea na correção do nariz curto.
Foram operados 9 pacientes (6 mulheres e 3 homens), com idade média de 34 anos (18 a 50 anos) e tempo de seguimento pós-operatório médio de 19 meses (4 a 37 meses). Concluímos que a crista ulnar é um enxerto ósseo cortical de fácil retirada, com o formato ideal para o alongamento e a reconstrução do dorso nasal, apresentando baixa morbidade pós-operatória, pouca dor e disfunção local e cicatrizes finais pouco aparentes.
Descritores Transplante autólogo. Transplante ósseo. Nariz, cirurgia. Ulna.
TÍTULO Hiperplasia do côndilo mandibular e cirurgia ortognática
AUTOR LUIZ CARLOS MANGANELLO-SOUZA, ALEXANDRE AUGUSTO FERREIRA DA SILVA, SONIA LUISA DE ALMEIDA FREITAS
RESUMO
A hiperplasia do côndilo mandibular unilateral é considerada a anomalia de crescimento mais comum da articulação têmporo-mandibular. Ela pode ser classificada em ativa ou inativa, a depender do metabolismo celular na região do côndilo comprometido, e disto depende diretamente o seu tratamento. Produz deformidade mandibular característica, com possíveis mudanças estruturais também da maxila. Em pacientes com deformidades dentofaciais com presença de assimetria mandibular, deve ser considerada a possibilidade de um diagnóstico de hiperplasia no côndilo do lado oposto ao desvio mandibular.
O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de hiperplasia condilar ativa que não foi diagnosticado, sendo tratado somente a deformidade dentofacial resultante, o que levou a uma recidiva, chamando a atenção para o diagnóstico preciso desta condição, priorizando o seu tratamento antes ou simultaneamente à cirurgia ortognática, quando esta for necessária.
Descritores Côndilo mandibular, cirurgia. Transtornos da articulação temporomandibular. Hiperplasia, cirurgia. Procedimentos cirúrgicos bucais.
TÍTULO Padrão facial. Parte 2: Discrepâncias verticais
AUTOR LIANA FATTORI, RENATA FERES
RESUMO Neste artigo, as autoras detalham um novo critério de classificação e diagnóstico da morfologia facial, proposto por Capelozza Filho, enfocando as discrepâncias verticais. Além disso, buscam fornecer dados que possam auxiliar no diagnóstico e tratamento dos indivíduos portadores de más oclusões, de acordo com seu padrão facial.
Descritores Ossos faciais, crescimento & desenvolvimento. Má oclusão, classificação. Ortodontia corretiva.
TÍTULO Marcadores moleculares em tumores da base do crânio
AUTOR RAQUEL AJUB MOYSÉS, PEDRO MICHALUART JR.
RESUMO Neste artigo, os autores discutem a importância da identificação de marcadores moleculares relacionados aos tumores da base do crânio, tanto para diagnóstico, como para determinação de prognóstico e desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas. Os tumores e doenças que acometem mais freqüentemente a base do crânio são apresentados com ênfase em seus aspectos moleculares e possíveis implicações clínicas.
Descritores Neoplasias da base do crânio, patologia. Base do crânio, patologia. Neurofibromatose 2. Neuroma acústico. Meningioma. stesioneuroblastoma olfatório. Paraganglioma. Doença de Hippel-Lindau. Cordoma.